Mês: Maio
Afecção de leitura:
Marina Colasanti (1978)
COLASANTI, Marina. Canis Familiaris. LINS, Osmar; CALLADO, Antonio.; GULLAR, Ferreira; VEIGA, José. J.; LADEIRA, J. G.; TELLES, Lygia. Fagundes; COLASANTI, Marina; RAMOS, R., SANT’ANNA, Afonso. Romano. Lições de casa. Exercícios de imaginação. São Paulo: Cultura Editora, 1978.
Procedimento de leitura e escrita
Leitura do miniconto para o grupo.
Registrar um exercício de imaginação de sua alfabetização.
Efeitos de sentido:
PROF: B+A=BA
Psiiuu! Sentados! abrindo o caderno.
Quem fez o tema? Maria você vai ficar no recreio fazendo o tema.
Inicia-se
mais uma jornada, uma longa jornada de B+A é........ e todos alunos
saudosos e felizes respondem em tom beeem alto BAAAA.
A
régua de uns 50 centímetros percorre o quadro, deslisando sobre ele
como se uma pessoa estivesse deslizando sobre a neve. Mas, João
interrompe o deslizar da régua. - Professora, não entendi não!
-Como
não? penas falei, estavas com a cabeça aonde? é só me acompanhar com a
régua no quadro e repetir junto com seus colegas. Ou você não fez o tema
e quer ficar com a Maria no recreio?
E
assim o dia se finda com palavras, sílabas e muita régua percorrendo
pelo quadro. Mas afinal o que é B+A, segundo a prof. e sua régua
deslizante, ba.
(Bolsista de iniciação à docência: Fernanda M. Zatti)
PALAVRAS
COM ÃO
A
atividade de hoje é recortar dessas revistas dez palavras que
terminam com “ÃO”. Certo? Vamos lá então!
Distribuídas
as revistas, iniciam-se os trabalhos, famigerados trabalhos de
recorta, cola, ÃO ÃO AÕ….
Recorta
retinho! Põe pouca cola!
Que
é isso guri! Teu pai tem fábrica de cola? Nunca vai secar isso!
Organiza
as palavrinhas recortadas!
Que
Paulinha?! Fala! Professora, não estou achando as palavras! Imagina,
que é isso, vai lá e tenta de novo!
Segue
o baile, continua recortando. Não João, isso é só um pedaço da
palavra, tem que ser toda ela.
Fala
Paulinha! Professora, não estou achando as palavras com ÃO!
Imagina! Que é isso! Tu és capaz, vai lá e tenta de novo…
ÃO
ÃO ÃO ÃO ÃO ÃO ÃO ÃO ÃO
.................................................................................................................................................
ÃO……………………………………….
E
continua vazando cola, revistas ficando picotadas, palavras pela
metade, chão parecendo final de baile de carnaval…. Dioemir, não
é só o ÃO, é toda a palavra!
Que
Paulinha! Outra vez! Fala… Professora, agora com lágrimas nos
olhos, não consigo achar!!! Tá bem, vamos olhar lá na tua mesa…
E,
vem a surpresa! A Paulinha tinha uma revista de receitas de tricô
alemã… Muitos tremas, nada de ÃO!
ÃO
ÃO ÃO ÃO ÃO ÃO ÃO ÃO ÃO ÃO.
(Bolsista
supervisora, Ludimila Zan)
MEMÓRIAS
SILÁBICAS- Quadro III
O
texto lido (Colassanti), me remeteu a várias memórias do meu tempo
de alfabetização, onde o processo de memorização era o mais
utilizado...A maneira como fomos “ensinados”, cartilhas:
B+A-
BA-BA-BA-BA-BA-BA-BA
B+E-
BE-BE-BE-BE-BE-BE-BE-BE
Ou
até mesmo no âmbito educacional de hoje notamos a presença de um
“tem que ser assim!”, eu não estou aqui julgando se isto é bom
ou mal, digo o “método de memorização”, pois, creio que muitas
coisas em alfabetização aprendi desta forma, me refiro as formas de
como este sistema educacioanal tem sido tratado até aqui: como ler,
como aprender, como fazer, como se portar ....
Moldados?
Adestrados?
(Bolsista
supervisora, Márcia Schleder)
Salada
de frutas
Na
minha época de 1ª série era usada a cartilha da Turma da Mônica e
tinha também não lembro muito bem “as vogais no castelo”. Só
lembro da letra “ A” a rainha que deu altas confusões em um tema
. A profe mandou recortar a letra da rainha e minha mãe
queria que eu recortasse “R” e as rainhas da
Festa da Uva. Não acreditando em mim foi perguntar para a vizinha
que estudava comigo e ela confirmou era a letra “A”para espanto
da minha mãe.
Lembro
também dos temas intermináveis nas férias de julho . Cada
dia um tema enorme mais do que fazíamos em aula e mais as leituras
com a mãe.
Ao
ler o texto da Marina Colasanti logo pensei nas minhas
rotinas escolares tanto na escola quanto em casa com a mãe.
(Bolsista
de iniciação à docência, Nicole Silveira)
Quando
chegou a cartilha com o palhaço alegria me alegrei. primeira lição
a, e, i, o, u. Mas logo disse: Quando vou aprender a ler e a
escrever? O livro foi para casa na pasta. Chamamos de pasta o lugar
que colocamos o material escolar. Os dias de aula e de escola seguem.
Lições continuavam. E eu dizia: Quando vou aprender a ler e a
escrever? Certo dia a professora disse que o livro tava muito mal
cuidado, com orelhas e rasgado. Solicitou que fosse comprado um novo.
Compramos outro e eu perguntava: Quando vou aprender a ler e a
escrever? Logo, já no final do ano, lembro bem das pernas e dos pés
da professora andando pela sala de aula, vierá a lição mais
interessante. A lição com a letra S. Escrevi rapidamente SA SE SI
SO SU. SAPATO. SAPO. E nunca chegará o dia de escrever Sônia. E já
dizia: Eu não aprendi a ler e a escrever?
(Bolsista
coordenadora, Sônia Matos)
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Afecção de leitura:
KAFKA. Franz. Diante da lei.
Efeitos de sentido
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Bolsista supervisora: Marcia Schelder |
|
|
A Lei foi feita para todos. Eu sou o todos?Bolsista: Fernanda S. Andreatta |
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Mês:
Abril
Afecção
de leitura
CALVINO,
Ítalo. As
cidade invisíveis.
S-d.
Procedimento
de leitura e escrita
-
Leitura
em voz alta do texto.
-
Imitar
a escrita do autor. Imitar a conjugação verbal e o vocabulário
dele. Escrevemos sobre o tema escola e ou a escrita.
Efeito
de sentidos
Escrividas
delgadas
Ignoro
se a escrivida é dessa maneira por ser inacabada ou caída. Ignoro
se ela carrega um fetiche, o fato é que ela não serve para nada,
como se fosse uma construção sem paredes ou estrutura que deixaram
rastros de que há uma firme construção por ali. Exceto uma vida.
Há uma escrivida que escrever-se-ia como se fosse uma troca de
linha, signos. Escrever-se-ia como se fossem linhas que fazem uma
figura. É um tipo de escrita-figura. Linhas de escrividura que
traçam forças de muitos tipos e esgotam os instantes o
infinitamente possível das combinações. A escrita-figura existe
somente pela variação contínua do que se passa entre o vivido que
dir-se-ia ser como o movimento das bolhas no ar. (Sônia Matos)
As
escolas e as trocas
Em
uma escola conceituada da cidade, os alunos passam pelos corredores e
não se reconhecem. Quando se vêem, ficam imaginando mil coisas a
respeito do colega,as brincadeiras que poderiam fazer juntos, os
abraços, as gargalhadas, as conversas. mas nenhum faz questão de
cumprimentar, As trocas de olhares até acontecem, mas duram por um
segundo e depois já é desviado para disfarçar que estava olhando a
colega. No pátio da escola passa uma menina, brincando com sua
sombrinha. Passa uma professora com um semblante sério, mostrando sua
superioridade na escola. Passa o aluno rebelde com seu corpo
tatuado,um menino com as calças largas e o cabelo branco, duas
gêmeas de vestidos idênticos.
(Bolsista
de iniciação à docência, Greice)
As
escritas escondidas
Desconheço
se escrever é assim mesmo por ser algo inacabado ou feito para
destruir, se por trás dela existe mistério ou mero capricho. O fato
é que não há linearidade nem estrutura, há letras, mas se parece
com uma escrita convencional. Dir-se-ia que os leitores ficariam
atônitos ao conhecer a obra, por assim dizer, já os outros
produziriam
intensa relação com as palavras e com as “coisas” que estavam
ali.
(Bolsista
de iniciação à docência, Fernanda
A.)
A
escola que parece invisível
Ignoro
se a escola é dessa maneira por ser inacabada ou demolida e se por
detrás dela existe uma magia no ar. O fato é que não há paredes,
nem telhados, nem pavimentos que estejam totalmente estruturados: não
há nada com que se pareça com uma escola, exceto os alunos que
sobrem as escadas nos lugares que deveriam haver salas. ramificam-se
espaços de aprendizagem que terminam em lápis, caderno, borracha,
estojo, livros….
(Bolsista
supervisora,
Márcia S.)
Escrileitura
Em
uma escola grande, os estudantes que passam pelas salas de aula não
se reconhecem. Quando se vêem, imaginam as coisas que poderiam fazer
juntos,os grupos de estudos, as descobertas,os trabalhos realizados.
Mas ninguém se fala, os olhares se cruzam por entre os livros e
depois se desviam, procuram outros livros no armário. Passa um
estudante balançando o seu troféu,passa uma mulher vestida de preto
que demonstra toda a sua educação, com palavras difíceis entre os
lábios. Passa…
(Bolsista
de iniciação à docência, Marcela)
As
escritas afinadas
Ignoro
se a escrita é dessa maneira por ser inacabada ou inventada, se por
trás dela existe imaginação ou mera ficção. O fato de que não
há fronteiras, nem céus, nem vírgulas, nem final de linha, não há
nada com que se pareça nem se copie, exceto os escritos, escrevidos
em tortas linhas aparentes, onde os “ós” e “is” se cruzam e
se entrelaçam. A céu aberto, as escritas se mostram e se deixam
observar, são lânguidas linhas, não se envergonham, se balançam…
Dir-se-ia que os leitores se embebedavam nas palavras e sôfregos de
“ás” encaravam e se deleitavam em “huuuummmms”. Quando
abandonada, a leitura da escrita se fecha, se condensa, se esconde
deste para mais tarde se mostrar ao outro. Habituada a percorrer as
tortas escritas alinhadas, está a outra, emocionada e triste e feliz
de encarar a nova linha.
…..
excertos das outras leituras escrevidas: escrever-se-ia o vivido, com
escamas nos olhos e bolhas no ar. Pensar-se-ia ainda que ao escrever,
o contido autor se deleitava, não sei, adoecia, estimar-se-ia
melhoras...
(Bolsista
de iniciação à docência, Regina)
A
escrita destas ou daquelas mulheres
Abandonada
antes ou depois de ser habitada, não se pode dizer que a escrita
esteja deserta. A qualquer hora do dia, levantando nossos olhos
através dos escritos, não se torna raro entrever uma ou mais jovens
mulheres, esbeltas, de estatura não elevada, estendidas ao sol
dentro das banheiras, arqueadas de baixo dos chuveiros, penteando
seus longos cabelos diante do espelho; enquanto se preenchem de seus
escritos. Ao sol, brilham os filetes de água, despejados por suas
fantasias e pensamentos... Os jatos da torneira, os jorros, os
borrifos, a espuma nas esponjas.
(Bolsista
de iniciação à docência, Gabiela)
As
cidades e as trocas
Reescrita
através da prática da substituição de palavras: Corre alguma
coisa entre as “escritas”,
uma troca de olhares como se fossem linhas que ligam uma figura à
outra e desenham flechas, estrelas, triângulos, até esgotar num
instante todas as combinações possíveis, e outras personagens
entram em cena: um cego com um guepardo na coleira, uma cortesã com
um leque de penas de avestruz, um efebo, uma mulher-canhão.
(CALVINO, 1990, p. 51). Este fragmento é que mais me encanta no
texto e o que mais pode ser feito referências, tanto para a essência
da história quanto para a possibilidade da troca de palavras entre
“eles” por “escritas”, possibilitando um sentido novo/velho a
compreensão do texto.
(Bolsista
de iniciação à docência, Nicole)
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BARROS,
Manoel. Memórias inventadas. A infância.
(2003).
Procedimento
de leitura e escrita
Seguindo
a linha de estudos que vimos adotando, foi feita uma compilação das
obras de Manoel de Barros e escolhidos alguns de seus poemas
aleatoriamente para apreciação em grupo. Todos os membros do grupo
deveriam ler os poemas escolhidos e estar preparados para
analisá-los depois. Os poemas escolhidos para apreciação foram:
Manoel por Manoel, este subscrito por “Tudo que não invento
é falso.”, Parrrede!, Caso de amor, Achadouros, todos do livro do
autor entitulado, Memórias inventadas: a infância de 2003.
Efeito
de sentidos
Meu
achadouro está nas andanças, nos caminhos escolhidos e por mim
mesma, sozinha, nas inseguranças e incertezas trilhados.
Acostumei-me com as folhas caiñtes, com aquilo que se vai e me
obriga a seguir. Meu achadouro agora está na “doce” sensação
de fazer uma cama com as folhas de plátanos e sentir o sol aquecer e
rousear minhas faces."
(Bolsista de iniciação à docência, Fernanda
Andreatta)
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Mês:
Março 17.03.15
Afecção
de leitura
LARROSA,
Jorge. Ler em direção ao desconhecido. Para além da hermenêutica
(2002).
Procedimento
de leitura e escrita
Efeito
de sentidos
I
-
Texto
é fluido é um devir, Seus sentidos infinitos. Se aprende a ler
multiplicando persperctiva. Multiplicar perspectiva: saber produzir
sentidos novos, saber rir, saber dançar, saber jogar, saber
perambular por território inexplorável.
-
Leitura
uma arte livre e infinita. Leitura requerer inocência,
sensibilidade, coragem e talvez um pouco de maldade. Ler bem é ler
a força expressa. Lê-se com todo corpo.
-
Escrever
ser parte da delicadeza das mãos torpes e a dúvida das mãos
apressadas. Bailar com a pena. Dançar é fazer dançar uma
qualidade da escrita aforística.
-
Mestre
com a leitura é um sedutor, um tentador. Mestre ensina e
dança. Ensinar a pensar é ensinar a bailar com: o silêncio
da leitura, a atenção, a humildade da leitura, a paixão da
leitura. A delicadeza e a lentidão da leitura abre a leitura.
Mestre da leitura. Iniciador aos segredos da leitura. Ele sai mais
de si mesmos. Mais novo do que antes. Mais removido que antes. Mais
arejado. Mais surripiado por um vento leve. Mais inseguro. Mais
delicado. Mais frágil. Mais quebradiço. Cheio de nova vontade.
Cheio de novo fluir. Cheio de nova contra-vontade. Cheio de novo
contra-fluir.
II
Ler
em direção ao desconhecido, Para além da hermenêutica. Este texto
para mim foi muito interessante porque começou dizendo o que eu
sinto. È difícil parar para ler! Sossegar, deixar o texto entrar,
se formar, ruminar e sair com nova roupagem.
Falta-nos
tempo e disposição, mas a gente quer dizer que leu, quer ter volume
de experiências. O conhecimento liberta, inquieta, refaz. Palavras
de Nietzsche, 1971, p. 57: Quem acreditou ter compreendido algo de
mim, esse refez algo de mim a sua imagem.
Cada
um dá o sentido que mais força apresenta?
A
verdade não é outra coisa senão uma invenção que esqueceu que o
é.
Aprender
a ler na visão nietzschiana, é desconstruir, reconstruir e
construir novamente a si e ao texto.
A
melhor coisa que pode fazer um mestre de leitura é mostrar que a
leitura é uma arte livre e infinita que requer inocência,
sensibilidade, coragem e talvez um pouco de maldade.
Lê-se
com o corpo!
Me
expresso em um aforismo:
Se
leio construo, lendo destruo, quando li, refaço!
Um
mestre de leitura é um mestre incitador a aventura, um educador do
homem por vir a ser.
I
Ensinar
a ler de outra forma é educar o homem por vir
A
tarefa de formar leitores é multiplicar suas perspectivas, abrir
seus ouvidos, apurar seu olfato, educar seu gosto.
A
leitura é uma arte livre.
O
mundo está para ser lido de outra forma.
Nós
mesmos não fomos lidos e somos textos infinitos, com sentidos
inesgotáveis e mistério infinito.
Lê-se
com todos os sentidos não somente com os olhos.
Ler
bem é olhar ativamente, olhar com olhos múltiplos.
O
texto é instigante e pede uma leitura verdadeira, pois hoje cada um
tem uma opinião muito rápida do que leu.
Quem
somos doravante a leitura que fizemos.
Saber
sair do texto e assimilar o que tem mais força no texto.
O
que podemos com Nietzsche ou a partir dele pensar.
Nós
também nos lançamos rumo ao inesperado, ao desconhecido, ao
inseguro, e temos dificuldades de nos aprimorar do que é novo.
Que
tipo de leitores seríamos se fossemos como Nietzsche queria e
esperava para seus livros?
Será
que temos um ideal de leitor?????
II
Para
além da Hermenêutica
Perguntas
impertinentes, dá ordens, faz sinais.
Nos
interroga e nos obriga interrogarmos sobre a qualidade da nossa
leitura
Exige
leitores perfeitos, filólogos rigorosos.
A
modernidade nos faz ler para criar algo instantâneo
Niti
aprecia leitores lentos sem esperar nada em troca
Lentidão,
profundidade, delicadeza, abertura.
As
pessoas pensam que tem que ter opiniões próprias e pessoais.
“quem
acreditou ter compreendido algo de mim, esse refez algo de mim a sua
idade.” Pag 17
Não
busque nela a pura verdade,
Os
leve além de si mesmos
Ler
e esquecer o que se leu (silêncio)
III
Nietzsche
não deixa em paz seus leitores.leitura para si, deve ler devagar,
com profundidade com intenção profunda, abertamente e com olhos e
dedos delicados.
Postura
de leitura? Conhecer as entrelinhas.
Leitores
modernos não esbanjam, tempo em atividades que demoram, os últimos
livros são os modernos, fazer de conta que leu.
Leitura
não se espera nada em troca.
O
que se ensina nas escolas?
Não
ensinam mais estudar, mas todos tem opiniões.
Quem
lê Nietzsche suspeita que os leitores modernos não tem tempo.
Honestidade
filosófica? Condição de leitura, leitor na totalidade é preciso
viver sua leitura.
Um
livro é uma força que atua sobre outras forças.
IV
Ler
textos baseados com nossas identidades individuais.
Devemos
ler e guardar somente o que servirá para nós naquele momento.
Fazer
viagens sem sair do lugar, viajar com as leituras.
Fazer
o aluno pensar a respeito do que leu e não somente no “automático”
O
silêncio da leitura, a atenção da leitura, o universo da leitura…
V
As
principais idéias do texto remetem ao relacionamento do leitos com o
livro, o diálogo entre ambos e os aspectos por trás dessas
leituras, apresentando o estilo de leitura e escrita que Nietzsche
trabalha.
Larrosa
trás algumas críticas aos jornalistas que se subordinam produzindo
afetação, através de uma visão vaidosa de um pensamento livre,
próprio e original, quando na verdade trata-se exatamente do
contrário. Após também ressalta a massa dos leitores modernos
denominando-os de rebanho em torno de uma multiplicidade de leituras,
principalmente comparando-se as obras de Nietzsche.
O
estilo Nietzscheniano trata-se de um conjunto de signos ou de
sintomas suscetíveis de múltiplos sentidos. Seu estilo de escrita
advém da técnica de renunciar, utilizar todos os sentidos, bem
afiados, ser um herói como diz.
Após
uma leitura é preciso sair mais rico de si mesmo. Então o autor
coloca que a arte da educação não seja outra se não a arte de
fazer com que cada um, torna-se em si mesmo, até sua própria
altura, até o melhor de suas possibilidades.
Após
no decorrer do texto surge um questionamento indagando se o mundo e o
homem não são textos.
Esse
tipo de indagamento é que produzem novos sintomas e percepções
para se trabalhar com os alunos que as escolas do pibid atuam bem
como o tipo de leituras que são ofertadas a esses alunos, se
tratando da lógica de rebanho e dos sentidos no ato de ler.
VI
Hermenêutica
é um ramo da filosofia que estuda a teoria da interpretação, que
pode referir-se tanto a arte ou a teoria da interpretação.
Nietzsche
nos estimula a ler com mais clareza e entendimento, com profundidade.
Segundo
o autor as pessoas “estão lendo por ler” com muita rapidez e
objetividade sem se deter aos detalhes dos livros.
Lemos
o que está “na moda ler” só para dizer: sim eu já li.
Os
leitores modernos não sabem não sabem ler e guardar para si. Tem
que sair julgando ou comentando sobre o que foi lido.
Nietzsche
desconfia que as pessoas lêem algo que gosta e esperam um momento
certo para dizer.
Difícil
domínio da arte de ler
Ele
nos fala sobre a liberdade de ler.
E
não reter as leituras como verdade.
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Textos
de GUATTARI, Félix. Somos todos grupelhos. (1977-1987, p.12-19) e
DELEUZE, Gilles; PARNET, Claire.
L’
Abécédaire de Gilles Deleuze. (1997-2001).
Procedimento
de leitura e escrita
Efeito
de sentidos
I
Sabe-se
que a sociedade demanda e produz tipos de atitudes, comportamentos,
tanto através da máquina da reprecividade quanto da demanda do
capitalismo e socialismo burocrático, como também da própria mídia
e consumo em si. Nesta perspectiva se criam valores voltados para a
promoção de um ideal, escravizando as pessoas de todas as classes
sócias no sistema, resultando na produção em série de um
indivíduo despreparado e frágil. Com isso o conceito de grupelho se
opõe de lideralismo, constituindo um bando ao qual seus
participantes caminham em prol de uma identidade coletiva, buscando a
sobrevivência das ideias que giram ali, buscando menos o
individualismo.
II
Grupelho
pequeno grupo, com a mesma luta, para se fortalecer construindo uma
identidade coletiva. Se preparar para um ensaio de grupelho atitudes
individuais que refletem no grupelho problematizante. Deve ser
inventada e não esperada. Ir mudando as atitudes para criar
grupelhos nas escolas, trabalho. Efeito rizoma, raiz rizoma. Ex:
grama sensível, superficial, mas expande. Falar a verdade não enche
o saco. Ser honesto consigo mesmo.
III
Grupelho
remete a comunhão, compartilhamento, sem centralizar o poder em
alguém. Dessa forma o agir em grupo é mais afirmativo. Em grupelho
não há dependência, não centraliza ideias e a moral de rebanho
pode ser dissolvida, já que há possibilidade de liberdade,
libertação.
IV
Grupelhos
são pequenos grupos isolados e que não interagem entre si. Grupo
sujeito. Czarismo
Ações
puramente simbólicas, sacrificiais. É de pouca utilidade traçar
planos sobre a sociedade do amanhã. Grupo algo maior e mais
organizado onde alguém manda e dá ordens.
V
Aula
preparação leva a inspiração, ela é ensaiada, assim movimenta-se
os momentos de inspiração. O foco deste preparo é centrar e curar
a matéria da qual tratamos.No nosso caso no Pibid no presente
projeto é a escrita. Aula é como um cubo espaço – temporal.
Guattari (1987)
Grupelho
porque somos grupelhos. Esse texto dispara “pensações” sobre o
funcionamento do grupo que não é um grupo psicológico nem que é
centralizado numa pessoa a ação em grupelho é uma ação em
matilha. O que faz essa matilha? Ela necessita se agrupar para
sobreviver ao fascismo a burocracia ao déspota a benocracia , a
posição de escravo diria Nietzsche. O sintoma de grupelho é um
sintoma que a ação é inventada e não esperada, é constituída e
não eternizada, é desconstruída e não naturalizada; é
problematizante e não acomodante é assumida e não escondida na
condição de oprimido.
VI
Indivíduo
despreparado para enfrentar a vida, Sempre fizemos parte de um grupo,
e como grupo acreditamos ter que pensarmos da mesma forma ou por um
mesmo ideal ou objetivo. Tem sempre um grupo na sociedade que se
destaca e os demais grupos seguem agindo de tal forma para se igualar
a esse grupo que dita as ordens e contamina a todos com suas idéias.
Como mudar a relação de forças? Como deixarmos de ser o sujeito
ideal de um rebanho? Ação em grupelho está em matilha.
Agosto
Afecção de leitura:
KAFKA. Franz. Um relatório para uma acadêmia
Procedimentos de escrita e leitura
|
Bolsista ID: Gabriela Triches |
|
Bolsista Supervisora ID: Ludimila Zan |
|
Bolsista ID: Fernanda Andreatta |
|
Bolsista ID: Lidiane Benites |
|
Bolsista Supervisora ID: Márcia Shleder |
|
Bolsista ID: Marcela Prezzi |
|
Bolsista ID: Alessandra Santos |
|
Bolsista ID: Márcia Fontana |
.
|
Bolsista ID: Greice |
|
Coordenadora: Sônia Matos |
|
Bolsista ID: Vânia Casal |
|
Bolsista ID: Fernanda Zatti |